sexta-feira, 23 de março de 2012

Descobertos 12 vulcões submarinos no oceano Antárctico

       
11.07.2011
Helena Geraldes

       Uma equipa de cientistas descobriu uma cadeia de doze vulcões nas águas do Oceano Antárctico, alguns com três quilómetros de altitude, revelou hoje o British Antarctic Survey (BAS).
      Os investigadores embarcaram no navio oceanográfico “RRS James Clark Ross” para mapear o fundo do mar junto às remotas ilhas Sandwich do Sul, durante duas missões, em 2007 e 2010. Para sua surpresa, descobriram 12 vulcões submarinos, numa área com cerca de 600 quilómetros de extensão e 150 quilómetros de largura.
      Em comunicado enviado hoje ao PÚBLICO, o BAS explica que os cientistas encontraram crateras com cinco quilómetros de diâmetro, causadas pelo colapso de vulcões, e sete vulcões activos que são visíveis acima do nível do mar. 
     “Há tanto que ainda não sabemos sobre a actividade vulcânica debaixo do mar”, comentou Phil Leat, investigador do BAS, no Simpósio Internacional de ciências sobre a Antárctica, em Edimburgo, de 10 a 16 de Julho, que reúne mais de 500 investigadores.
      Segundo o BAS, esta descoberta permite compreender o que acontece quando os vulcões entram em erupção ou colapsam debaixo de água e o seu potencial para criar tsunamis, por exemplo.
      “É muito provável que os vulcões estejam, frequentemente, em erupção ou em colapso. As tecnologias que os cientistas agora podem usar dão-nos oportunidade para construir a história da evolução do nosso planeta. Além disso ajudam-nos a esclarecer os fenómenos naturais que podem ameaçar as pessoas que vivam em regiões mais populosas”, continuou Phil Leat.
       Estas paisagens marinhas, com águas aquecidas pela actividade vulcânica, também têm interesse biológico, uma vez que são um habitat rico para muitas espécies de vida selvagem, salienta o BAS.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Geologia


As Rochas





          Rochas são materiais que fazem parte essencial da crosta sólida da Terra - e são constituídas por agregados de um ou mais minerais. Nesse conceito de rocha incluímos areias, cascalhos, cinzas vulcânicas, granitos, arenitos, etc.
      Utilizamos as rochas, juntamente com os fósseis, para decifrar os fenômenos geológicos atuais e do passado. As rochas que formam os continentes e o fundo dos oceanos registram os fenômenos de transformação da superfície e do interior da crosta terrestre.
       Todas as rochas obedecem a um ciclo, um processo contínuo pelo qual as rochas antigas são transformadas em novas. Assim, o ciclo das rochas representa as diversas possibilidades de transformação de um tipo de rocha em outro.

Tipos de rochas


      As rochas podem ser divididas em três grupos principais: ígneas (ou magmáticas), sedimentares e metamórficas. Essas rochas, que aparentemente não mostram relações entre si, apresentam-se, no entanto, intimamente relacionadas.
Rochas Magmáticas:
 originam-se a partir do resfriamento do magma, ou seja, da solidificação (cristalização) do magma. As rochas ígneas podem conter jazidas de vários metais, como ouro, platina, cobre, estanho, etc., e trazem à superfície do planeta importantes informações sobre as regiões mais profundas da crosta terrestre.


      Há dois tipos principais de rochas magmáticas: intrusivas (ou plutônicas) e extrusivas (ou vulcânicas). As rochas intrusivas formam-se no interior da Terra, quando o magma é empurrado para dentro de fendas ou entre camadas de rocha. Exemplos: granito, feldspato, turmalina, sienito, diorito, gabro, peridotito, basalto, etc.
     As rochas extrusivas formam-se na superfície da Terra, a partir da lava que, ao ser expelida, esfria com rapidez, produzindo rochas com granulação fina.       Exemplos: riolito, basalto, pedra-pomes, andesito, obsidiana.
      Nesses dois tipos de rochas ígneas, a composição das rochas não apresenta uma relação de identidade absoluta com o material magmático que lhes deu origem, uma vez que este, ao atravessar a crosta, sofre alterações estruturais, principalmente por causa das diferenças de temperatura e pressão existentes entre o manto e a crosta terrestre.

 
Rochas sedimentares: são produto de uma cadeia de processos que ocorrem na superfície terrestre e se iniciam pelo intemperismo.

       As rochas que sofrem o intemperismo perdem sua coesão e passam a ser erodidas e transportadas por diferentes agentes (água, gelo, vento, gravidade) até sua sedimentação em depressões da crosta terrestre, denominadas bacias sedimentares.
        Segundo sua origem, as rochas sedimentares podem se classificadas em detríticas (ou clásticas) e químicas (ou não clásticas):

- Detríticas - resultam da agregação de fragmentos de minerais ou de outras rochas, dentre as quais podemos citar os arenitos, os sienitos e o diabásio.

- Químicas - resultam da agregação de sedimentos provenientes principalmente da dissolução química de outras rochas. Segundo sua composição, as rochas químicas podem ser classificadas como inorgânicas - formadas pela precipitação de sais a partir de soluções aquosas saturadas (como, por exemplo, o evaporito e o laterito) - ou orgânicas, como o caso dos calcários, formados de sedimentos provenientes da decomposição de organismos em ambientes marinhos (conchas e corais).

       As rochas sedimentares fornecem importantes informações sobre as variações ambientais ao longo do tempo geológico. Os fósseis preservados nessas rochas são a chave para a compreensão da origem e da evolução humanas. Exemplos de rochas sedimentares: arenito, argilito, calcário, siltito, tempestito, conglomerado, turbidito,

 Rochas metamórficas: assim como as rochas ígneas, as metamórficas podem ser levadas, por meio de processos geológicos, a condições diferentes daquelas nas quais se formaram. Ou seja, elas se originam das transformações na composição e na estrutura de qualquer tipo de rocha.

      Essas transformações ocorrem principalmente devido à ação de elevadas temperaturas e pressões sobre as rochas originais. O estudo das rochas metamórficas permite identificar grandes eventos geotectônicos ocorridos no passado, fundamentais para o entendimento da atual configuração dos continentes.